"Fiol Mio", ou de como um cético passou a crer no Espiritismo

Tenho ouvido com relativa freqüência menção a um artigo escrito pelo jurista brasileiro Miguel Reale Jr, veiculado dia 3 de janeiro deste ano, no jornal "O estado de São Paulo". O artigo intitula-se "Razão e Religião", e trata do cientista e médico italiano, ícone da escola penal positiva italiana, Cesare Lombroso.
Reale expõe a "conversão" de Lombroso ao espiritismo, em um texto-síntese onde explora a história do fundador da Antropologia Criminal, que inicialmente acreditou que uma pessoa traria em sua conformação física características que lhe definiriam "assassino, contraventor etc". Após vivências mediúnicas, Lombroso acaba defendendo a idéia de que ninguém (ou melhor, raramente alguém) é um criminoso nato.
Linko para vocês aqui o texto, já que o sistema de busca do Estadão é um lixo. Vale a pena dar uma lida no artigo e refletir sobre o livre arbítrio. Para quem tem mais fôlego, sugiro uma incursão pelo texto de Schopenhauer, "O livre-arbítrio", obra de tocar o fígado. 
Leiam o artigo, e entenderão o motivo do título da postagem.
 
Em tempo: o que me levou a procurar de fato o artigo foi a coincidência de, pouco após ouvir nova menção ao artigo na rádio Boa Nova (espírita), eu topar com uma revista IstoÉ que tratava do espiritismo (enfiei a mão embaixo de uma mesinha onde coloco revistas e, sem ver o que tirava, puxei a tal revista). Foi de arrepiar. 

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