A encenação de Obama e a desesperança iraquiana

 
Uma coisa ninguém pode negar: o político aí de cima tem dom para a coisa. Que coisa? A política, ora. A mesma política à qual é necessário ter, segundo Weber, vocação. A vocação para a política exige o tempero da demagogia, o que Obama tem de sobra. Pois não é que ele imputou a culpa do caos da política Iraquiana aos próprios políticos do Iraque, e tão-somente a eles? Sim, sem colocar nesse caldo os EUA, a sede de sangue dos debilitados Bush (pai e filho), e dos próprios soldados estadunidenses; a montagem inconsequente do próprio Iraque, consequentemente a Onu, e uma série de etcéteras afora. Aos soldados estadunidenses cabe o papel de heróis que cumpriram seu papel. Agora, é hora de voltar para casa, deixar o caos para trás e fingir que está tudo bem, que o novo governo estadunidense apagou, magicamente, a desordem que o governo "Bushista" deixou para trás, só com a eleição de um presidente que teve a "Audácia da esperança". Infelizmente, os iraquianos não são tão audaciosos para esperar nada de bom desses novos tempos...

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