Não me chame de novo,
que não quero crescer.
Hoje é como ontem e amanhã,
Tarde, noite e amanhecer.
Não me chame de novo,
eu só quero esquecer.
Descer cambaleando,
rua escura e seminua.
Bêbado, trôpego, louco,
uivando pra linda lua.
Não me chame de novo,
que a realidade é muito crua.
Se me chamar eu não vou,
não parto, se parto, fico.
Me transformo e transtorno,
Pago grana, aposta, mico.
Não me chame, já te disse,
Estou no sopé, no ventre, no pico.
E cambaleando vou ouvindo,
sua voz me chamar.
Mas também não chama a vida?
E a vida não chama o mar?
Te ignoro e aqui fico.
Cala-te. Não vais te calar?
Sórdida e pútrida é a carne,
Alva, branca, a pele.
Não me chame de novo, que não quero crescer.
Senta ao meu lado, meu corpo vele.
Não, não me chame. Calado!
Tua voz meu ouvido expele!
que não quero crescer.
Hoje é como ontem e amanhã,
Tarde, noite e amanhecer.
Não me chame de novo,
eu só quero esquecer.
Descer cambaleando,
rua escura e seminua.
Bêbado, trôpego, louco,
uivando pra linda lua.
Não me chame de novo,
que a realidade é muito crua.
Se me chamar eu não vou,
não parto, se parto, fico.
Me transformo e transtorno,
Pago grana, aposta, mico.
Não me chame, já te disse,
Estou no sopé, no ventre, no pico.
E cambaleando vou ouvindo,
sua voz me chamar.
Mas também não chama a vida?
E a vida não chama o mar?
Te ignoro e aqui fico.
Cala-te. Não vais te calar?
Sórdida e pútrida é a carne,
Alva, branca, a pele.
Não me chame de novo, que não quero crescer.
Senta ao meu lado, meu corpo vele.
Não, não me chame. Calado!
Tua voz meu ouvido expele!
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